Contra o olho grande eu trago a minha arruda
Verde e cheirosa pra você cheirar
Sua boca é grande, maior minha prosa
Que se desenrola pra desamarrar
Trago comigo as chaves do destino
Que abrem portas onde não se vê
Eu trago a sorte que sonha o menino
Mas pra andar nesse caminho tem que merecer
Eu quero mesmo é esse cheiro bom
A energia positiva há
Você não sabe o quanto eu caminhei
Mas se aqui cheguei é pra tu respeitar
A minha história foi escrita a mão
Uma cigana sem olhar que leu
Disse que via um peixe que virava boto
E quando era madrugada sereia rainha
Cantava pra saudar a mata
Cantava pra marcar a trilha
Caboclo que cantava como sina
Caboclo que cantava como sina, no céu um sinal
Anunciando que o cheiro desse corpo é cura pra mortal
Anunciando que o toque no meu corpo abre um portal
Anunciando que hoje é festa e as estrelas desceram pra ver
À meia-noite, à meia Lua, tudo pode acontecer